Agência Estado
postado em 08/10/2015 16:37
No momento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir uma ação de impugnação de mandato contra a chapa formada pela presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, um deputado da Rede Sustentabilidade defendeu nesta quinta-feira, (8/10) a candidatura da ex-senadora Marina Silva à sucessão presidencial.Durante o lançamento da bancada do novo partido no Congresso Nacional, o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) disse que Marina reúne as qualidades necessárias para ser presidente da República e que a ex-presidenciável "não fugirá à luta". "E não adianta dizer que não é candidata à Presidência da República", disse Miro em seu discurso.
À reportagem, Marina desconversou. "Não estou nessa cadeira cativa de candidato". A ex-senadora já disputou duas eleições presidenciais e, nas duas ocasiões, ficou em terceiro lugar.
No evento de oficialização do ingresso dos cinco deputados e do senador Randolfe Rodrigues (AP) à bancada parlamentar da legenda recém-criada, os parlamentares citaram a gravidade da crise política e a fragilidade do Executivo e do Legislativo. "Me dá mais tristeza por vir de quem veio", lamentou a ex-senadora e vereadora de Maceió (AL), Heloísa Helena, que emendou: "Avante! Marina merece e o Brasil precisa".
Aos novos filiados, Marina disse que a crise econômica se deve às escolhas erradas do governo na área política e que o momento difícil chama a classe à responsabilidade. A ex-senadora fez críticas indiretas à reforma ministerial e atacou as "barganhas" na distribuição de cargos na Esplanada dos Ministérios.
[SAIBAMAIS] Sem falar em possível candidatura, a ex-presidenciável disse que é hora de ganhar a confiança das pessoas. "É o momento de não ficar querendo ganhar popularidade, mas de recuperar credibilidade. Não é o momento de instrumentalização da crise, mas de se debruçar para resolver a crise", declarou.
A dirigente da Rede lembrou que o momento é delicado e pregou que a militância avalie as denúncias no mérito, sem "dois pesos e duas medidas". "É imperativo ético não fazer uso da crise em benefício próprio", observou.