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Delator da Lava-Jato diz ao MP ter repassado valores a Lulinha

Um profissional com acesso aos autos da Operação Lava-Jato confirmou a citação ao filho do ex-presidente, porém não soube precisar os valores

Agência Estado
postado em 12/10/2015 10:50
Preso desde o ano passado em Curitiba (PR), Fernando Soares, também conhecido como Fernando Baiano e acusado de ser um dos operadores do esquema de desvios na Petrobras, afirmou ao Ministério Público Federal ter feito pagamentos ao empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

[SAIBAMAIS]Segundo o jornal O Globo, Fernando Baiano relatou, em acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal, o pagamento de aproximadamente R$ 2 milhões a Fábio Luís, filho mais velho de Lula. O repasse de recursos teria sido destinado ao pagamento de despesas pessoais de Lulinha, como o empresário é conhecido. Um profissional com acesso aos autos da Operação Lava-Jato confirmou ontem (11) ao Estado a citação ao filho do ex-presidente, porém não soube precisar os valores.

Defesa
O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa o filho do ex-presidente Lula, negou as afirmações de Fernando Baiano. "O sr. Fábio Luís Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado", afirmou. O Instituto Lula, mantido pelo ex-presidente, não comentou. As afirmações de Fernando Baiano incluem também campanhas presidenciais do PT em 2006, quando Lula disputou a reeleição, e em 2010, ano da primeira candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto.



Ainda de acordo com O Globo, na mesma delação, Fernando Baiano teria admitido contato com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém, sem fazer qualquer revelação mais comprometedora a respeito do presidente da Câmara. Fernando Baiano é apontado como lobista do PMDB no esquema de desvios da Petrobrás e alvo de investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato.

Fernando Baiano foi preso em novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava-Jato que alcançou o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobrás. Em uma primeira ação, ele foi condenado a uma pena de 16 anos e um mês de prisão. Ele ainda responde a outros processos no âmbito da Lava-Jato. (As informações são do jornal O Estado de S.Paulo)

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