Agência Estado
postado em 14/10/2015 12:08
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (14/10) que o Brasil está fazendo um intenso programa de missões comerciais como parte de estratégia de inteligência para identificar mercado prioritários e fortalecer a imagem do País. "Estamos reposicionando nossa política comercial", disse, durante seminário em comemoração ao cinquentenário de criação do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, em Brasília[SAIBAMAIS]Monteiro lembrou que, até o fim do ano, será realizada troca de acordos entre o Mercosul e a União Europeia e citou acordo fechado com a Colômbia na semana passada. "Estamos tirando barreiras tarifárias e não tarifárias, apoiando nossas empresas com os instrumentos adequados", afirmou.
O ministro disse que é preciso integrar o Brasil de forma efetiva aos acordos internacionais que têm sido firmados recentemente. Ele destacou que o mundo vive um processo de reconfiguração de blocos econômicos e que o País tem buscado avançar em meio a esse novo cenário com foco na ampliação das relações com os Estados Unidos.
Monteiro argumentou que acordos já têm sido firmados para dar mais competitividade ao Brasil no cenário internacional. Ele citou o acordo com o México como exemplo dessa nova estratégia, que na avaliação dele deve quadruplicar total de produtos entre os dois países que tem preferência tarifária.
Transpacífico
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior comentou que o Brasil pode entrar, a qualquer momento, na Parceria Transpacífico, um tratado de livre comércio entre os Estados Unidos e 11 países do Pacífico, além de Chile, Peru e México. "Temos atuado para encurtar a distância dos países que formam a aliança do pacífico na América do Sul, por isso firmamos acordos importantes com a Colômbia, Peru e tivemos com o Chile o nosso comércio desagravado."
Segundo Monteiro, a Parceria Transpacífico oferece oportunidades ao Brasil. "Poderemos aderir ao acordo a qualquer momento, ele não é fechado para nós, tanto que tem Países da América do Sul nele", observou. "Podemos aderir, mas é preciso primeiro construir as bases e harmonizar posicionamento dos países dentro do Mercosul", observou. Na avaliação dele, essa adesão não é algo para curto prazo.
Monteiro disse ainda que esse novo bloco econômico oferece oportunidade para que o Brasil redefina parceria com a China e que o Brasil pode exportar para os asiáticos produtos com maior valor agregado. "Queremos adicionar mais valor às nossas exportações. Queremos exportar menos grãos e mais farelo, mais óleo de soja", disse.
Oportunidades
Também presente no mesmo evento em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu que mesmo que o Brasil não tenha acordos comerciais com determinados países, existem oportunidades a serem exploradas. "Acordos comerciais abrem caminhos, mas por si só não garantem mercados. A ausência de acordos não significa que não há oportunidades a serem exploradas com esses países", comentou. "O Brasil continua firmemente empenhado em ampliar sua rede de acordos comerciais", garantiu.