A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de novo inquérito contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua esposa nesta quinta-feira (15/10). Os autos foram autuados como inquérito, mas ainda falta a autorização do ministro-relator da Operação Lava-Jato na corte, Teori Zavascki, o que costuma acontecer em alguns dias.
O motivo do pedido é a descoberta de quatro contas bancárias ligadas a Cunha na Suíça. O deputado já denunciado ao STF sob acusação de receber propina desviada da Petrobras, em outra investigação da Operação Lava-Jato. O deputado nega a existência das contas.
A PGR quer um inquérito não só contra Cunha, mas também sua esposa, Cláudia Cruz, e sua filha Danielle Dytz Cunha Doctorovich. A filha possui um cartão de crédito compartilhado com a mãe, que ; suspeita o Ministério Público ; pagou despesas pessoais com dinheiro desviado da Petrobras. O pedido de inquérito é por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O lobista João Augusto Henriques depositou 1,3 milhão de francos na conta de Cunha em 2011 depois de a Petrobras pagar US$ 34 milhões pela compra de metade de um campo de petróleo em Benin, na costa oeste da África. Segundo Henriques, trata-se de uma comissão lícita pelo negócio que foi repassada a Cunha a pedido de Felipe Diniz, filho de um deputado do PMDB falecido.