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Manifestantes em Brasília e São Paulo pedem apoio à Operação Lava-Jato

Atos pediram também a autonomia da Polícia Federal e foram contra o %u201Cfatiamento%u201D da investigação determinado pelo STF

postado em 17/10/2015 15:51
Manifestantes usaram megafones para gritar palavras de ordem

Pequenos grupos de manifestantes ligados ao Movimento Vem Pra Rua se reuniram neste sábado (17/10) para um protesto em apoio às investigações da Operação Lava-Jato. Os atos também foram feitos em defesa da autonomia da Polícia Federal, da Justiça Federal e do Ministério Público Federal, além de se mostrarem contra o ;fatiamento; da operação, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Na capital federal, entre 15 e 20 pessoas se reuniram em frente à sede da Polícia Federal. O grupo, formado por diversos movimentos que compõem o Vem Pra Rua, enfeitou a entrada do prédio com balões e faixas, além de usar um megafone para falar palavras de ordem aos motoristas que passavam por perto. A pequena concentração de manifestantes, segundo o coordenador do Movimento Brasil, que compunha o grupo, Ricardo Honorato, faz parte de uma estratégia diferente de atuação. De acordo com ele, as grandes manifestações levam cerca de 3 meses para serem organizadas e os movimentos de rua tem optado por fazer pequenos atos pontuais para que não haja desmobilização entre elas.

Cartazes foram colocados em frente à sede da PF, em Brasília

[SAIBAMAIS];O que nós temos planejado são muitas ações desse mesmo porte acontecendo em todo o Brasil. A partir de domingo agora acontecerão em várias cidades, a depender da estratégia de cada cidade;, explicou. Segundo ele, as manifestações menores não atrapalham a organização dos grandes eventos, que reúnem milhares de pessoas por todo o país, e atendem aos que não podem comparecer nessas grandes manifestações que acontecem mais espaçadamente. ;Pode até chamar de manifestação pipoca, porque a gente vai dando umas estouradinhas por aí;, completou com bom humor.



Em São Paulo, o ato foi em frente ao Fórum Federal Pedro Lessa, na avenida Paulista. Os manifestantes, cerca de 30, ocuparam parcialmente a calçada por volta das 10h15. Eles prenderam laços verde e amarelos em árvores próximas, distribuíram adesivos com a frase ;Eu apoio a Lava Jato;, e gritaram palavras de ordem contra o PT. ;O mundo está indignado que o Brasil tenha a maior corrupção que já se viu na história da civilização. É uma coisa que não faz sentido; a gente não pode deixar que isso siga. O Brasil é um país forte, tem um povo maravilhoso, tem recursos e riquezas infindáveis, mas eles estão destruindo;, disse Ricardo Costa, do Movimento Vem Pra Rua.

Corrupção
Além de apoiar o trabalho da Polícia Federal, de Moro e dos procuradores do Ministério Público que atuam na Operação Lava-Jato, o ato serviu para cobrar das autoridades que tomem providências com relação a todos os envolvidos nos casos de corrupção. Segundo José Augusto Cordeiro, a manifestação foi usada também para criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. ;Na minha opinião, Rodrigo Janot está prevaricando porque deixa de cumprir algumas obrigações que o cargo dele exige;, explicou. Para Cordeiro, o procurador-geral tem optado por investigar mais algumas pessoas, como presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em detrimento de outras, como políticos do PT.

No final de setembro, a maioria dos ministros decidiu que a investigação não deve ficar somente com o relator, ministro Teori Zavascki, titular do caso no tribunal, e sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, que julga as ações relativas a operação na primeira instância, em Curitiba. ;Eu acho que deve ter inúmeros advogados, inúmeros políticos, pensando 24 horas por dia em como terminar com a operação. É óbvio que vai um batalhão deles para a cadeia, se a Lava Jato for em frente. E eles, usando de seu poder econômico e poder político, vão tentar interferir, tem tentado interferir. E a gente quer garantir que isso não aconteça;, disse Adelaide de Oliveira, do Movimento Vem Pra Rua.

Com informações da Agência Brasil

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