Politica

Henrique Pizzolato chega a Brasília e vai para o Complexo da Papuda

Ex-diretor do BB deverá cumprir 12 anos e sete meses de cadeia pela condenação no mensalão, após ser recapturado e extraditado ao Brasil

Eduardo Militão
postado em 23/10/2015 08:53
Pizzolato chegou a Brasília em um avião da Polícia Federal

Condenado a 12 anos de cadeia pelo mensalão e foragido desde 2013, chegou nesta sexta-feira (23/10) a Brasília o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva, desvio e lavagem de dinheiro. Estava foragido desde 2013, no ano seguinte à condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi extraditado após um longo processo judicial na Itália.

Pizzolato saindo da sede do IML após exames de corpo de delito

[SAIBAMAIS]Pizzolato chegou ao aeroporto internacional de Guarulhos (SP) hoje pela manhã, em voo comercial. Para Brasília, veio em avião da Polícia Federal e chegou por volta de 8h50. Na capital, o condenado fez exames no Instituto Médico Legal (IML) e passou na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul. O trajeto terminou no Complexo Penitenciário da Papuda, onde ficará na ala de condenados pelo STF. A escolta chamou atenção na cidade, com 12 policiais e três viaturas, uma delas blindada.

Pizzolato sendo escoltado pela polícia até ser levado para o Complexo da Papuda

A defesa de Pizzolato argumentava que o bancário não poderia ser trazido para o Braisl porque nossas prisões ferem direitos fundamentais. Mas o Conselho de Estado da Itália afirmou que o Brasil garantiu existência de celas em que seus direitos seriam respeitados. ;Considerou-se, conforme relatado pelo governo e pelas mais altas autoridades judiciais brasileiras, a consistência da proteção pessoal do recorrente para o cumprimento da pena;, diz a decisão do Conselho de Estado. Pizzolato nega ter cometido os crimes para os quais foi condenado.



Segundo uma fonte ouvida pelo Correio, o réu deverá cumprir toda a pena de 12 anos e sete meses de cadeia, sem nenhum desconto pelo período em que ficou preso na Itália, após ser recapturado. O especialista em cooperação internacional diz que a lei brasileira é clara: não é possível descontar o tempo de prisão com alguma medida cumprida fora do país.

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