postado em 23/10/2015 12:25
O secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Distrito Federal, João Carlos Souto, afirmou que o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato não ficará em um "hotel cinco ou quatro estrelas", mas terá condições "razoáveis" durante o período preso no Complexo da Papuda. As condições do local eram base do argumento da defesa do condenado no mensalão para mantê-lo na Itália, para onde Pizzolato fugiu.
[SAIBAMAIS]Em entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo nesta sexta-feira (23/10), Souto reconhece os problemas enfrentados nos presídios brasileiros, como superlotação, mas afirma que os funcionários da unidade não fazem rebelião há cerca de dez anos.
Ele ainda afirma que foram realizadas melhorias, como a implantação do sistema de senhas online para visitantes, e ironiza que a qualidade da "hospedaria" pode variar conforme o rigor do usuário. "Se você é, digamos assim, da linhagem dos Rockefeller [família milionária americana], vai entrar num hotel mais ou menos e achar que a suíte presidencial não serve", disse.
Papuda
Pizzolato terá a companhia de dois ou três presos em uma cela da chamada ala dos vulneráveis, reservada, por exemplo, a idosos, ex-policiais e figuras notórias, de baixa ou nenhuma periculosidade. Ele terá chuveiro com banho quente e televisão, desde que um parente dele ou de outro detento leve o aparelho.
Os banhos de sol são de duas horas todos os dias. Ele terá acesso a amigos e familiares uma vez por semana e visitas íntimas, de 30 minutos, a cada sete dias. A alimentação será a mesma dos demais presidiários. Apenas às sextas-feiras, poderá receber comida entregue por parentes.