Agência Estado
postado em 26/10/2015 19:43
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta segunda-feira (26/10) ter apresentado na CPI do Carf pedidos para quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa LFT Marketing Esportivo, que pertence a Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O escritório foi alvo esta manhã de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal em uma nova fase da Operação Zelotes.A empresa recebeu pagamentos de uma das consultorias suspeitas de atuar pela Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos. O caso da compra da MP foi revelado com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo.
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Randolfe argumentou que considera prudente, primeiro, tentar aprovar a quebra de sigilo da LFT para tentar comprovar pagamentos feitos pela Marcondes & Mautoni Empreendimentos. Os valores alcançam R$ 2,4 milhões e foram transferidos em parcelas de R$ 400 mil, conforme apurou o Estado. Naquele mesmo ano de abertura da empresa, a medida provisória começou a vigorar.
Somente após a confirmação, disse o senador da Rede, é que ele pedirá a convocação do filho do ex-presidente Lula. Para Randolfe, obviamente essa circunstância tornará inevitável o comparecimento dele ao Congresso.
"Estou fazendo logo a quebra até para não prevalecer, neste debate, a discussão entre governo e oposição. Já teve um requerimento de convocação de Luís Cláudio Lula da Silva rejeitado pela CPI. Para não correr o risco de ter o segundo requerimento rejeitado, vamos fazer a apreciação dos requerimentos de quebras de sigilo", considerou.
O senador disse que, se a CPI do Carf não avançar na investigação após a nova fase da Zelotes, é melhor a comissão deixar de existir. Questionado se não há o risco de haver um acórdão para blindar o familiar de Lula, Randolfe respondeu: "Quem quer fazer acórdão que assuma publicamente."
Randolfe também anunciou que vai apresentar, entre outros, requerimentos para quebrar os sigilos bancário, telefônico e fiscal do lobista Alexandre Paes dos Santos, preso hoje na ação da PF, e de quebras de sigilo e convocação de Eduardo Valadão, Cristina Maltoni e Mauro Marcondes.