O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira (3/11) ser mais importante prezar por uma governança eficiente do que pela atividade política. De acordo com o deputado, é preciso planejamento para que não haja prejuízos ao País em razão da troca de poder. Segundo ele, o Brasil vive um momento em que o fortalecimento de instituições como o Tribunal de Contas da União (TCU) "começa a dar bons frutos".
"Começamos a mudar a história da administração pública do País, onde vamos prezar muito mais pela governança eficiente do que pela atividade política como produto final", disse. Segundo ele, é preciso planejar o Brasil no longo prazo. "É desejável que o planejamento tenha horizonte mais amplo sem sofrer descontinuidade em razão da alternância do poder", afirmou, ressaltando a necessidade de que esse planejamento seja feito em base técnica.
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No mês passado, o TCU recomendou ao Congresso que rejeite as contas do governo Dilma Rousseff em 2014, ano em que a petista foi reeleita. Entre as infrações apontadas estão as chamadas "pedaladas fiscais", com o uso de recursos de bancos públicos no pagamento de programas governamentais, melhorando artificialmente as contas públicas. O parecer do tribunal embasa pedidos de impeachment de Dilma elaborados pela oposição e por entidades da sociedade civil. As solicitações estão nas mãos de Cunha, que é responsável por analisar se são válidas e se devem tramitar na Casa.
"Vivemos um momento em que o fortalecimento desses órgãos começa a dar bons frutos", disse. O peemedebista participou nesta tarde da abertura do seminário "Governança e Desenvolvimento: Boas Práticas e o Papel do Controle Externo", promovido pelo TCU.