postado em 06/11/2015 07:23
Ao defender os programas sociais do seu governo e da presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (5/11) que ;contra projeto conservador; poderá estar na campanha presidencial de 2018: ;Falta três anos para as eleições. Deus queira que possam aparecer quatro, cinco, seis candidatos, mas uma coisa eu vou dizer: se tiver concorrendo contra nós um projeto conservador, que tenha como objetivo acabar com as conquistas desse país, eu estarei na campanha;.
[SAIBAMAIS]O ex-presidente criticou a possibilidade de cortes no programa Bolsa Família por parte do relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que propôs redução de R$ 10 bilhões de reais. ;O relator do Orçamento quer tirar dinheiro do Bolsa Família e eu fiquei pensando o que pensa uma pessoa que não tem noção do que significa pouco mais de R$ 100 reais na mão das famílias mais pobres;, criticou Lula. ;Essa pessoa não teria outro caminho no Orçamento e, em vez de cortar dos pobres, cobrar mais dos ricos?;, questionou o ex-presidente.
O ex-presidente falou no encerramento da 5; Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), que reuniu em Brasília cerca de duas mil pessoas de todas as regiões do país e debateu a elaboração de políticas públicas de segurança alimentar, além de aprofundar o debate sobre a promoção da alimentação saudável e o combate à obesidade.
O ex-presidente criticou as acusações de que tenha praticado corrupção durante seu governo: ;Não vou admitir que corrupto nos chame de corrupto. Todos vocês que ficam nos acusando não têm dez por cento da minha honestidade;, afirmou.
Segundo Lula, a oposição finge que a corrupção é algo recente. O ex-presidente disse que é preciso defender o governo de Dilma e esclarecer a população que, somente a partir do seu governo os casos de corrupção começaram a ser investigados sistematicamente. ;É importante que a gente diga para eles que a corrupção só está aparecendo agora e não é por que ela não existia antes, mas é porque tem governo que a está combatendo;, afirmou.
Lula também disse que não iria ;permitir; a tentativa de impeachment de Dilma e que é preciso ;respeitar a democracia;. ;Vocês viram que lá na frente do Congresso tem um acampamento da turma que quer o impeachment da Dilma. Temos que dizer para essa gente que eles têm o direito de ser contra. Agora, se eles querem ter um presidente da República aprendam a respeitar a democracia;, declarou. ;É preciso respeitar o mandato. Eu perdi três vezes e todas as vezes que eu perdi, eu respeitei o resultado;, acrescentou.
Lula lembrou sua trajetória de sindicalista e disse que teve ;paciência; até chegar à presidência. ;Tive paciência para construir a CUT, para construir o PT, para perder três eleições e tivemos paciência para governar. Eu duvido que tenha tido na história desse país um governo mais tolerante do que o meu;.
Lula também fez um balanço de algumas ações do seu governo e disse que o projeto do PT incomoda por ter dado espaço ao povo: ;Incomoda a muita gente saber que existe nesse país um governo que representa um projeto que é capaz de chamar as pessoas para decidirem que tipo de políticas públicas; incomoda a muita gente que, nesses 12 anos de governo e de projeto, a gente ter sido o governo que mais fez universidade na história desse país;, disse.