Politica

Aliados de Cunha se unem para barrar processo de cassação

Grupo acredita em, pelo menos, 10 votos garantidos

postado em 09/11/2015 06:00
Diante da batalha que se aproxima no Conselho de Ética da Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ocultar aproximadamente US$ 5 milhões de propina em contas secretas na Suíça, reagrupa sua tropa de choque para tentar evitar a cassação do mandato. Mesmo diante das evidências sobre a movimentação milionária no exterior e da inconsistência das explicações dadas pelo peemedebista, aliados fiéis prometem, nos bastidores, lutar até o fim para mantê-lo no cargo. Na linha de frente, estão os dois cães de guarda: Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), e André Moura (PSC-SE). Completam o time dos principais articuladores em favor do peemedebista, entre outros, os deputados Hugo Motta (PMDB-PB), que presidiu a CPI da Petrobras, Vinícius Gurgel (PR-AP), Artur Lyra (PP-AL), Washington Reis (PMDB-RJ) e Hildo Rocha (PMDB-MA).

[SAIBAMAIS]O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, inclusive, trabalha para substituir o deputado Wladimir Costa (SD-PA) e ter direito a voto no colegiado. Ele também tenta, em outra ponta, desestabilizar um dos principais opositores de Cunha, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ). No fim do mês passado, ele apresentou representação ao Conselho de Ética da Casa contra o colega.

Leia mais notícias em Política

Paulinho acusou Alencar de ;uso do erário da Câmara para fins eleitorais; por ter parte de sua campanha financiada por funcionários do gabinete, e diz que o deputado usou notas frias para ser reembolsado. No mesmo dia, Alencar rebateu as acusações e o chamou de ;Paulinho Mandado;, numa referência à expressão ;pau mandado;, atribuída pelo doleiro Alberto Youssef ao deputado Celso Pansera, aliado de Cunha, hoje ministro de Ciência e Tecnologia.

Outro importante aliado do peemedebista é Hugo Motta. No comando da CPI, ele foi acusado de blindar o presidente da Casa, protelando pautar requerimentos de convocação de pessoas que pudessem comprometer o padrinho político, a exemplo do lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação