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Objetivo de greve dos caminhoneiros é desgastar governo, diz Edinho Silva

Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, ainda não chegou ao governo pedidos para negociação

postado em 09/11/2015 13:16

Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, ainda não chegou ao governo pedidos para negociação

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, classificou como "pontual" a greve dos caminhoneiros convocada para esta semana. Segundo o ministro, a análise é a de que o eixo central do movimento é o "desgaste do governo" e não uma série de reivindicações para a categoria. Edinho falou nesta manhã (9/11), após sair da reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

"O governo sempre dialoga com manifestacoes que tragam reivindicações legítimas. Na nossa análise, essa é uma greve pontual, atinge pontualmente algunas regiões e, infelizmente, é uma greve que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político ao governo", disse. De acordo com o ministro, a greve não foi tema do encontro da coordenação, mas disse que o governo acompanha o movimento. "É uma greve pontual, ela atinge algumas regiões de alguns estados brasileiros."

[SAIBAMAIS]Segundo o ministro, ainda não chegou ao governo pedidos para negociação, mas que se houver, há disposição para negociar. "Se tivermos uma pauta de reivindicação como tivemos em outros momentos, o governo está aberto ao dialogo. Agora, uma greve que se caracteriza com um unico objetivo de gerar desgaste ao governo, é evidente que é uma greve que vai de encontro aos interesses do povo brasileiro, da sociedade." A expectativa é a de que a paralisação não se alastre. "Esperamos efetivamente que aqueles que estão envolvidos nessa mobilização possam colocar acima de qualquer outra questão o interesse da sociedade brasileira", pontuou Edinho.

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A convocação para a greve foi feita pelo Comando Nacional do Transporte, que não é uma entidade jurídica, têm o amparo de associações anti-Dilma, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua, que tem puxado diversas manifestações pelo impeachment da presidente. Os sindicatos da categoria se posicionaram contrários à paralisação devido à pauta política. Durante a manhã, o movimento ainda não havia ganhado força.

O governo monitora desde a última semana a situação e, por meio de ministros escalados pela presidente para acompanhar a situação. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, colocou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de prontidão, caso tenha de agir. Na última semana, Cardozo já havia dito que o movimento tem forte caráter político.

O titular do Trabalho, Miguel Rossetto, que dialogou com os caminhoneiros durante a última grande greve, em fevereiro, também acompanha a questão. A maior preocupação, para o Palácio do Planalto, é a de que a paralisação gere problemas de abastecimento.

Última greve
Em fevereiro, caminhoneiros pararam por 15 dias e, ao longo da greve, eles bloquearam mais de 80 trechos de rodovias em 12 estado. Após reunião com o Rosseto, em 4 de março, eles decidiram pelo fim da greve. Eles chegaram a paralisar outra vez, em 23 de abril. Essa paralisação, no entanto, foi menor e terminou no dia 27.

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