Denise Rothenburg, Jacqueline Saraiva, Eduardo Militão
postado em 25/11/2015 08:02
O líder do governo no Senado, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), foi preso preventivamente, nesta manhã de quarta-feira (25/11), pela Polícia Federal (PF), por atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. O parlamentar teria sido flagrado na tentativa de destruir provas contra ele. Também foram realizadas buscas e apreensões no apartamento de hotel onde ele reside e no gabinete, no Congresso. É a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso.
[SAIBAMAIS]As ações foram realizadas a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Correio apurou que, entre a noite de ontem e a madrugada de hoje, houve uma reunião entre o relator da Lava-Jato, o ministro Teori Zavascki, e o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski.
A PF também prendeu o dono do banco BTG Pactual, André Esteves, no Rio de Janeiro; e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, em Brasília. O advogado do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, que está nos Estados Unidos, tem um mandado de prisão contra ele, que ainda não foi cumprido.
O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília. É o mesmo local onde, no dia anterior, a PF prendeu o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Delação
Delcídio foi citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava-Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Baiano disse que o senador teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Com informações da Agência Estado