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Renan foi comunicado por Janot de prisão e busca nos gabinetes de Delcídio

A prisão de Delcídio foi motivada pela suposta tentativa de tentar evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró mencionasse ele e o banqueiro André Esteves - também detido hoje - em sua delação premiada



Planalto
A prisão de Delcídio Amaral abala o Planalto, uma vez que o petista é líder do governo no Senado e vinha conduzindo as votações das medidas de ajuste fiscal na Casa. Delcídio tem bom relacionamento com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem se reúne quase toda semana.

Além de ver a investigação da Operação Lava Jato avançando sobre o governo, a prisão de Delcídio ressuscita o escândalo da compra da refinaria de Pasadena, em 2006, quando a presidente Dilma Rousseff era ministra da Casa Civil.

A refinaria foi comprada por preço superfaturado e Dilma afirmou que autorizou a compra com base em um relatório produzido por Nestor Cerveró, então diretor da área internacional da Petrobras De acordo com a presidente, ela constatou depois que o relatório tinha falhas.

Assessores da presidente com quem Delcídio também tem bom relacionamento se esquivaram de comentar a prisão do senador com a justificativa de que decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser cumpridas.