postado em 25/11/2015 15:14
Em protesto contra o caso da barragem de Mariana e contra a Samarco, manifestantes escreveram com lama na parede da Câmara dos Deputados a palavra ;morte;, no início da tarde desta quarta-feira (25/11). Entre 10 e 15 jovens de um grupo organizado participaram do ato. Eles foram retirados do Espaço do Servidor, no Anexo 2, por policiais legislativos. Cinco manifestantes foram detidos e "levados para prestar depoimento na Coordenação de Polícia Judiciária, do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara, mas utilizaram o direito de permanecerem calados", segundo a assessoria da Casa. Os funcionários da Câmara não sabem explicar como os manifestantes passaram pela segurança na entrada da Câmara.
Um dos manifestantes desmaiou após levar uma ;gravata; de um dos policiais. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) discutiu e tentou argumentar com o Chefe da Segurança sobre o tratamento da força policial com os organizadores do protesto. O gabinete do PSOL afirmou que a reação ;truculenta; da polícia já ocorreu em outras situações em que o tema do protesto não tinha aval da presidência da Casa. Os jovens, ainda de acordo com o gabinete, chegaram a ser arrastados.
De acordo com a assessoria da Câmara, quatro manifestantes foram presos em flagrante e indiciados pelos crimes previstos no parágrafo 1; do Art. 65 da Lei de Crimes Ambientais - Lei 9.605/98 (pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano), no parágrafo 2; do Art. 140 do Código Penal (injúria real) e no Art. 329 do Código Penal (resistência). Os quatro foram levados para a carceragem da Polícia Civil.
Já a outra manifestante foi liberada por não ter sido indiciada pelo crime de resistência (a soma das penas máximas aplicadas aos demais crimes não é superior a dois anos).