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Preso, Delcídio do Amaral vê o mandato de senador evaporar

Enquanto a Rede protocola representação que pode culminar com a saída do petista do Senado, STF abre inquérito para investigá-lo e uma ala do PT defende a expulsão do parlamentar da legenda. Em Paris, a presidente Dilma se diz "perplexa"

postado em 01/12/2015 06:00
Enquanto a Rede protocola representação que pode culminar com a saída do petista do Senado, STF abre inquérito para investigá-lo e uma ala do PT defende a expulsão do parlamentar da legenda. Em Paris, a presidente Dilma se diz Ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso preventivamente na quarta-feira passada após ser flagrado numa gravação tentando atrapalhar investigações da Operação Lava-Jato, começa a enfrentar um calvário particular. A Rede vai protocolar hoje, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, representação contra o petista para ter início tramitação de processo que pode culminar na cassação do mandato. Ontem, dia em que a presidente Dilma Rousseff (PT) se disse ;perplexa; com a prisão, Delcídio sofreu mais um golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigá-lo. Outros dois procedimentos investigativos foram solicitados pela PGR contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aníbal Gomes.

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[SAIBAMAIS]A situação de Delcídio é cada vez mais delicada dentro do próprio partido. Após o desgaste sofrido pela bancada petista da Casa, que votou em bloco contra a manutenção da prisão do senador na semana passada, a avaliação agora é de que, diante da repercussão e da gravidade do caso, não há como defendê-lo durante a tramitação do eventual processo no colegiado. Na noite de ontem, senadores petistas se reuniram e avaliaram que, no Conselho de Ética, não existe possibilidade de se posicionar contra o pedido de cassação. Uma ala petista teme que Delcídio caia atirando. Na semana passada, ao ser informado sobre a nota dura do partido contra o senador, um petista disse roda de amigos, no plenário, que ;não se enterra ninguém vivo;.

Em entrevista coletiva ontem em Paris, na França, onde participa da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, Dilma disse não temer uma possível delação de Delcídio. ;Não tenho nenhum temor sobre a delação do senador Delcídio;. Ela se mostrou surpresa com o caso. ;Fiquei perplexa porque jamais esperei que isso pudesse acontecer com o senador;, completou. A presidente salientou ainda que o petista foi escolhido para ser líder do governo no Senado por ser uma pessoa de bom trânsito. ;O senador Delcídio era de fato uma pessoa bastante bem relacionada no Senado e, aliás, nós o escolhemos porque ele tinha relações com todos os partidos, inclusive com os da oposição. Infelizmente, nenhum de nós é insubstituível. Ele foi substituído e as questões relativas ao Congresso vão se dar normalmente;, finalizou.

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