Politica

Cunha se manifesta nas redes sociais; aliados e opositores de Dilma reagem

Presidente da Câmara afirmou que atendeu ao "pedido das ruas". O líder do PT, Rui Falcão, por outro lado, acusou o deputado federal de "golpe"

postado em 02/12/2015 20:54

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Logo após anunciar a aceitação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (2/12), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manifestou-se nas redes sociais. Por meio de sua conta no Facebook, o deputado federal justificou a decisão, afirmando que atendeu ;ao pedido das ruas;. A medida causou reação de políticos na internet.

;As manifestações populares que ocorreram no Brasil inteiro ; em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto ; não foram em vão! Atendendo ao pedido das ruas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acolheu o pedido de impeachment;, publicou. A assessoria de Cunha, que administra a conta, respondeu aos usuários que comentaram em favor da medida. ;O deputado sempre deixou bem claro que lutaria pelos interesses dos brasileiros;, respondeu a um seguidor que celebrou a aceitação do pedido de impeachment.

Aliados e opositores de Dilma Rousseff também se manifestaram por suas contas pessoais na internet. O presidente do PT, Rui Falcão, levantou bandeira contra Cunha no Twitter. O petista acusou o deputado de arquitetar um golpe político e replicou uma publicação da conta PTnaCâmara. ;Eduardo Cunha, prestes a virar réu no STF, é o novo candidato a Nero. Não passará sua tentativa de golpe. E como ele passará à história?;, reproduziu o líder do PT.

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Concorrente de Dilma nas eleições presidenciais do ano passado, a deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS) rechaçou apoio do partido ; do qual é integrante e fundadora ; à medida. ;Impeachment nascido de chantagem de Cunha não terá apoio do PSOL!”, afirmou.

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Principal opositor de Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), por outro lado, posicionou-se em favor de Cunha. ;Apoio a proposta de impeachment. O Congresso não faz nada que não esteja em sintonia com a população;, comentou. ;A lei no Brasil é para ser cumprida por todos, em especial pela presidente da República;.

Outro opositor do PT, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), escreveu apenas as tags #impeachment e #ForaDilma, mas publicou uma foto em que ele ergue um rojão, ao lado dos filhos, os deputados estadual Flavio Bolsonaro (PP-RJ) e federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP).

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Pedido de impeachment
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou nesta quarta-feira (2/12) que acata o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff com base nos requerimentos feitos pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. O pedido acusa a petista de ter dado pedaladas fiscais no ano de 2014. O governo federal teria emitido decretos de gastos suplementares sem devida autorização do Congresso.

Cunha afirma que tomou a decisão após "muita reflexão e muita dificuldade". "Nunca na história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment", afirmou. A medida foi anunciada no mesmo dia que o PT decidiu votar contra ele no Conselho de Ética da Casa no processo que pede a cassação do deputado do PMDB. A votação do parecer prévio do Conselho foi adiada para a próxima terça-feira (8/12).

"Não foi coincidência que Cunha tenha decidido acolher o impeachment no momento em que deputados do PT decidiram votar favoravelmente à sua cassação no Conselho de Ética. Foi uma chantagem explícita, mas Cunha escreveu certo por linhas tortas", declarou o jurista Miguel Reale Júnior.

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