Natália Lambert
postado em 03/12/2015 13:28
Líderes da oposição pediram publicamente, na manhã desta quinta-feira (3/11), que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendam o recesso parlamentar. De acordo com Cunha, a comissão especial que analisará o processo de impeachment será instalada durante sessão extraordinária na segunda-feira, às 18h. O colegiado será composto por 66 membros e a oposição indicará os líderes para as vagas de titulares.[SAIBAMAIS]O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, afirmou que os fatos que vem acontecendo são muito graves e o Congresso tem a obrigação de suspender o recesso. Para o parlamentar, se o processo de Eduardo Cunha no Conselho de Ética é porque ele teria mentido na CPI da Petrobras, o crime que Dilma cometeu seria pior, pois ela teria mentido à nação, em rede nacional. ;A presidente mentiu e vem mentindo há muito tempo. Desde as eleições. Parece que ela aprendeu com o PT aquela máxima do ladrão que rouba a carteira e grita ;pega, ladrão;;, comentou.
O líder do Solidariedade, o deputado Arthur Maia (BA), confirmou os nomes do partido que farão parte da comissão especial: ele e o Paulinho da Força nas vagas de titulares e os deputados Fernando Francischini (PR) e Genecias Noronha (CE) nas vagas de suplentes.
Líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP) também defendeu a suspensão do recesso parlamentar diante da gravidade do momento. ;O que está em jogo é um processo de impeachment, é evidente que não pode haver férias e, portanto, o recesso não pode sequer começar. A seriedade não compatibiliza com férias parlamentares.; Segundo Sampaio, a abertura do processo de impeachment não muda a visão do PSDB sobre a necessidade do afastamento de Cunha da presidência da Câmara.