O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso por decisão do Supremo Tribunal Federal por suspeita de tentar prejudicar o andamento da Operação Lava-Jato, foi suspenso do partido por 60 dias, segundo o presidente nacional da sigla, Rui Falcão.
Em entrevista nesta sexta-feira (4/12), o dirigente afirmou que as atitudes do parlamentar "são passíveis de expulsão", mas que essa medida só pode ser tomada pelo diretório nacional do PT.
Os integrantes da Executiva Nacional do PT se reuniram na tarde de hoje para discutir a situação de Delcídio e o recém aceito pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A bancada do partido no Senado defendeu a suspensão cautelar do ex-líder do governo.
Em nota, os senadores pedem que a Executiva represente, na Comissão de Ética do partido, pela abertura de processo disciplinar contra Delcídio, "com vista a que sejam apuradas as acusações que lhe são imputadas." No mesmo texto, a bancada lembra ter se posicionado, na votação do Senado realizada na quarta-feira (25/11) contra a prisão de Delcídio ao questionar os princípios da constitucionalidade e da separação e independência de Poderes. Mas destaca que a tese foi vencida em votação pela maioria da Casa.