Hédio Ferreira Jr. - Especial para o Correio
postado em 07/12/2015 16:41
Oito parlamentares da linha de frente do Palácio do Planalto irão representar o PT na comissão que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. A escolha levou em consideração não só a o comprometimento político com o governo quanto a experiência jurídica, política e a penetração em movimentos sociais. A aposta é que o debate será mais político do que técnico.Os titulares do PT na comissão serão os deputados Sibá Machado (AC), José Guimarães (CE), Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Paulo Teixeira (SP), Vicente Cândido (SP) e Wadih Damous (RJ). Na suplência ficarão Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Leo de Brito (AC), Maria do Rosário (RS), Paulo Pimenta, Pepe Vargas (RS) e Valmir Assunção.
Chinaglia já foi presidente da Câmara, Fontana já foi líder do governo Lula na Câmara de 2008 a 2010 e Wadih presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro. Entre os suplentes, Pepe, Benedita e Maria do Rosário tem histórico de luta e proximidade com movimentos sociais.
O partido descartou o interesse de brigar pela presidência ou pela relatoria da comissão. Isso só deverá acontecer por meio de uma decisão consensual das bancadas de partidos aliados representados na comissão. De acordo com Sibá Machado, o processo de impeachment movido contra a presidente Dilma tem uma coisa positiva: acordou o PT. ;A militância está mais aguerrida e não vai deixar o PT ser tirado do poder dessa forma. Vai ter luta;, avisou.
O PT vai procurar os líderes do PMDB e de todos os partidos da base aliada para se unirem contra o que os petistas chamam de ;golpe institucional. ;Não podemos aceitar uma democracia em que se tente chegar ao poder sem os votos da maioria da população;, disse Henrique Fontana.
PMDB
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), já decidiu ao menos cinco dos oito deputados que o partido poderá indicar para a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.
São eles: o próprio Picciani e os deputados Hildo Rocha (MA), João Arruda (PR), José Priante (PA) e Washington Reis (RJ). Todos são do grupo de peemedebistas classificados pelo líder do partido como "moderados" e já se declararam, nos bastidores, contra o processo de impedimento da presidente. As outras três vagas serão escolhidas até o fim da tarde desta segunda.
PSB
O PSB confirmou o líder do partido na Câmara, Fernando Bezerra Filho (PE), e os deputados Danilo Forte (CE) e Tadeu Alencar (PE) como membros da comissão especial. Os nomes foram escolhidos por meio de votação da bancada. O quarto integrante do partido na comissão será escolhido entre Luiza Erundina (SP), Bebeto (BA) e João Fernando Coutinho (PE), que ficaram empatados em quarto lugar.
PR
Líder do Partido da República (PR) na Câmara, o deputado Maurício Quintella (AL) definiu os quatro nomes a que o PR tem direito na Comissão Especial.
Segundo Quintella, os titulares do partido no colegiado são, além do próprio líder, os deputados Aelton Freiras (MG), Márcio Alvino (SP) e Lúcio Vale (PA). Para suplência foram indicados os deputados deputados Miguel Lombardi (SP), Altineu Cortes (RJ), João CArlos Bacelar (BA) e Wellington Roberto (PB).
PSC
Aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PSC, André Moura (SE), indicou os deputados Pastor Marco Feliciano (SP) e Eduardo Bolsonaro (SP) para representar o partido na comissão. Os dois devem acompanhar a orientação de Moura e votar favoravelmente ao impedimento da petista.
Para suplência, Moura indicou o Irmão Lázaro (BA) e Marcos Reategui (AP). As indicações podem ser feitas e alteradas até as 18h, horário para o qual está marcada a sessão de votação dos indicados.
Com informações da Agência Estado e da Agência Brasil