Agência Estado
postado em 08/12/2015 17:40
Em manifestação na tarde desta terça-feira (8/12) no centro do Rio, militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e de sindicatos de bancários, metalúrgicos e petroleiros atacam o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, defendem a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pedem mudanças nos rumos da economia.Cerca de 800 pessoas concentradas na praça atrás da igreja da Candelária saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à sede da Petrobras, na Avenida Chile. "Fora Cunha, fica Dilma, e melhora" é a palavra de ordem dos manifestantes, que também pedem a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
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Embora tenha defendido a permanência de Dilma na Presidência da República, o presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, disse que o objetivo principal do ato público não é lutar contra o impeachment, mas defender mudanças na economia para estimular o desenvolvimento econômico. Segundo Rodrigues, representantes de sindicatos entregarão um documento a Dilma nesta quarta-feira (9/12) com propostas para a economia.
"Nosso compromisso discutido com as entidades sindicais é ajudar a alavancar investimentos do governo e das empresas nacionais. Por que o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) parou as obras? Por que o estaleiro Mauá (em Niterói, cidade na região metropolitana) demitiu funcionários? Se um empresário roubou, ou um diretor da Petrobras, prende o corrupto, mas não prejudica a empresa", disse o presidente da CUT-RJ, referindo-se à Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na estatal.
Rodrigues disse que o processo de impeachment "não tem embasamento jurídico". "Um parlamentar tem que se pautar não pelo grito de meia dúzia, mas pela Constituição da República", afirmou.