Agência Estado
postado em 13/12/2015 15:06
O líder do PSDB do Senado, Cassio Cunha Lima (PB), disse neste domingo que a manutenção de Dilma Rousseff na Presidência da República é "insustentável". "Ela perdeu a autoridade, a economia está em frangalhos e existe uma grande insatisfação popular", disse.Segundo o senador, o processo de impeachment deve ocorrer porque o crime de responsabilidade está evidente nos decretos presidenciais de suplementação orçamentária. "O crime de responsabilidade é evidente por conta dos decretos de suplementação orçamentária. Há centenas de casos já julgados sobre isso. As pedaladas fiscais são apenas outro ponto", disse Cunha Lima ao Estadão, quando chegava para participar da manifestação pró-impeachment na praia de Copacabana, pouco depois do meio-dia. Ele estava acompanhado do presidente estadual do PSDB, o deputado federal Otavio Leite.
[SAIBAMAIS]Cassio Cunha Lima também defendeu o crivo do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do impeachment. "É importante para mostrar que o rito do impeachment está seguindo todos os trâmites corretos."
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Cunha Lima também comentou a presença de manifestantes em Copacabana. Considerou que o movimento é menor que os anteriores em função da época do ano, mas disse que é uma amostra da insatisfação popular. E justificou sua escolha pelo Rio.
"Vim para a manifestação do Rio pela ligação sentimental que tenho pela cidade. Morei 12 anos aqui. Tive convite para estar em São Paulo também, mas lá já temos o (José) Serra e o Aloysio (Nunes Ferreira) lá", comentou. Para o deputado Otavio Leite, o movimento é apenas o começo. "É para aquecer as turbinas".
Já o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio, disse que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pede visibilidade. Ele participou hoje de ato contra o governo em Campinas, interior de São Paulo. "O PT quer pressa, nós queremos a visibilidade das ruas. O processo começou na rua e vai continuar com elas. As manifestações provam isso", considerou. Sampaio, que é natural da cidade, afirmou que não discursará no evento. "Vim como cidadão", afirmou.
Cerca de mil pessoas estão no Largo do Rosário, no Centro de Campinas. A avenida Francisco Glicério foi interditada e a passeata deve começar em instantes.