Com a abertura oficial do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, chegou a hora de os exércitos montarem as estratégias para a guerra política dos próximos meses. Duas grandes incógnitas pairam nesse processo. Qual é o tamanho do PMDB que está de cada lado e como será o humor do empresariado? Há cerca de três meses, representantes do setor deram entrevistas defendendo a permanência da presidente em nome da normalidade institucional. ;A presidente Dilma perdeu a oportunidade dada a ela e o apoio dos principais setores econômicos começou a diminuir;, lembra o professor e cientista político do Insper, Carlos Melo.
Mas isso não significa um apoio incondicional ao impeachment a partir de agora. ;Se há quem ache que a presidente não tem mais condições de conduzir um diálogo para tirar o país da atual paralisia, também existem aqueles que temem o depois, por não saber o que acontecerá ao Brasil;, ponderou Melo. Todos os cenários, inclusive, são nebulosos. Se Dilma conseguir sobreviver, dificilmente conseguirá um placar próximo dos 300 votos favoráveis. ;Escapa do impeachment, é verdade, mas a votação próxima dos 171 votos mínimos necessários a impede de aprovar matérias com quorum qualificado;.
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Caso a presidente caia e o vice-presidente Michel Temer assuma o Planalto, poderá até ter um período de trégua com a mídia. Mas a crise econômica vai continuar. ;Temer também enfrentará uma oposição feroz, formada pelo PT e pelos movimentos sociais. A vida dele não será fácil;, completou Melo. ;Por tudo isso, o setor produtivo ainda não se posicionou com convicção quanto a esse debate;, acrescentou o cientista político do Insper.
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