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12 pontos provam "inferno astral" vivido por Dilma, aniversariante do dia

Má fase passou por desentendimentos com o vice Michel Temer até atrasos em viagens para a posse do novo presidente argentino

postado em 14/12/2015 17:20

Má fase passou por desentendimentos com o vice Michel Temer até atrasos em viagens para a posse do novo presidente argentino

Há quem diga que se o último mês foi ainda mais complicado para a presidente Dilma Rousseff, é culpa dos planetas: hoje é o aniversário da petista e, segundo a astrologia, os 30 dias antes de soprar as velinhas compõem o chamado inferno astral, período em que tudo tem tendência a dar errado. Veja como os astros influenciaram as últimas quatro semanas da presidente sagitariana:

1)

17 de novembro
A agência Fitch declarou que o Brasil poderia ter nota de ranking de investimento revista para baixo antes do previsto. Segundo a diretora Shelly Shetty, o aumento da taxa de desemprego e a dificuldade de expansão de crédito são alguns obstáculos do país na recuperação da economia.

2)

25 de novembro
É revelado que o ex-diretor da Petrobras Delcídio Amaral afirmou, em delação premiada, que a presidente Dilma Rousseff sabia todos os detalhes sobre a compra da refinaria Pasadena. A aquisição da refinaria causou um prejuízo de mais de US$ 600 milhões para a Petrobras.

3)

27 de novembro
A presidente Dilma cancela viagem ao Vietnã e ao Japão devido ao agravamento da crise política e à votação, no Congresso Nacional, do processo de impeachment contra ela e da meta fiscal de 2015.

4)

28 de novembro
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) declarou, em depoimento à Polícia Federal, que foi a presidente Dilma quem indicou o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para o cargo, quando ela ainda era ministra de Minas e Energia. Cerveró foi condenado, em maio, a 12 anos e 3 meses de prisão por envolvimento nos esquemas de corrupção da Petrobras revelados pela Operação Lava-Jato.

5)

2 de dezembro
O pedido de impeachment contra Dilma é aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O documento aprovado acusa o governo de ter dado ;pedaladas fiscais; em 2014. A medida foi tomada no mesmo dia que o PT anunciou votar contra Cunha na Comissão de Ética em processo que pede a cassação do deputado.

6)

3 de dezembro
Após a aprovação do pedido de impeachment contra a presidente, as ações da Petrobras dispararam, assim como a Ibovespa.

7)

7 de dezembro
O vice-presidente Michel Temer envia carta à Dilma e aponta desconfiança da presidente em relação a ele e ao PMDB. ;É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo;, escreveu. Por muitos políticos, a carta foi vista como um sinal do agravamento na crise política; por outros, apenas como uma questão pessoal entre Temer e Rousseff.

8)

8 de dezembro
A Câmara dos Deputados elege chapa da oposição para compor a comissão que vai analisar o pedido de impeachment contra Dilma. Foram 272 votos favoráveis ao grupo.

9)

10 de dezembro
A presidente Dilma perde a cerimônia de posse do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri. O avião presidencial precisou aguardar autorização para pouso por cerca de meia hora no aeroporto de Buenos Aires.

10)

11 de dezembro
O PMDB ameaça antecipar a convenção nacional do partido para decidir rompimento com o governo. A situação entre a aliança PT-PMDB ficou complicada com os conflitos envolvendo Temer, Cunha e Dilma.

11)

13 de dezembro
Apesar de definirem em reunião após o vazamento da carta de Temer que teriam uma relação ;profícua;, Dilma e o vice-presidente parecem estar em lados opostos: enquanto a presidente busca apoio da base aliada, Temer se aproxima do PMDB e pode romper com o governo, apoiando o pedido de impeachment, segundo fontes próximas.

12)

14 de dezembro

Novas manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma ocorreram no último domingo em Brasília e em outros dez estados. Talvez como um indício do fim do inferno astral, os protestos foram menores do que o previsto pelos organizadores.

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