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Lula afirma à Polícia Federal que hospedou pecuarista na Granja do Torto

O empresário, preso em Curitiba, confessou ter tomado, em seu nome, empréstimo de R$ 12 milhões no banco Schahin para o caixa 2 do PT

Agência Estado
postado em 20/12/2015 14:46
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou em depoimento à Polícia Federal sua relação de amizade com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato. No depoimento, colhido nesta semana, Lula disse que recebeu o empresário em Brasília e que "não sabe precisar quantas vezes" o pecuarista se hospedou na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República.

Conforme revelou o Estado na sexta-feira, antes de o depoimento se tornar público, os investigadores fizeram diversos questionamentos a Lula sobre suas relações com Bumlai. O empresário, preso em Curitiba, confessou ter tomado, em seu nome, empréstimo de R$ 12 milhões no banco Schahin para o caixa 2 do PT - o valor nunca foi pago.

[SAIBAMAIS]No depoimento, Lula afirma que conheceu Bumlai na campanha para as eleições presidenciais de 2002, quando gravou um programa eleitoral sobre agricultura em uma fazenda do empresário. O ex-presidente disse que não falou com Bumlai sobre empréstimo em benefício do PT e que "jamais tratou sobre dinheiro ou valores" sobre o empresário ou realizou qualquer transação financeira.



O ex-presidente declarou que Bumlai "nunca pediu qualquer cargo" e nega ter tratado com o empresário sobre as indicações dos ex-diretores Néstor Cerveró ou Jorge Zelada para a Petrobrás. O petista afirmou achar que "todos os seus filhos e noras" possuem relação de amizade com Bumlai. Ao listar o nome dos familiares, o ex-presidente afirma que não recorda os nomes completos de todas as noras.

Vaccari. O ex-presidente fez ainda uma defesa enfática do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto - preso desde abril e condenado na Lava-Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula declarou à PF não acreditar "que Vaccari tenha obtido vantagens indevidas a partir dos contratos celebrados pela Petrobrás, uma vez que era conhecedor da legislação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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