Politica

Dilma dá posse a Barbosa, na Fazenda, e Simão, no Planejamento

A troca no comando da equipe econômica ocorreu após uma semana conturbada no Congresso Nacional

postado em 21/12/2015 17:24

A presidenta Dilma Rousseff acaba de dar posse aos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, em solenidade no Palácio do Planalto. Na sexta-feira (18/12), Dilma fez a substituição de Joaquim Levy por Barbosa no comando do Ministério da Fazenda. Barbosa era ministro do Planejamento. Para o lugar de Barbosa, a presidenta nomeou o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão.

A troca no comando da equipe econômica ocorreu após uma semana conturbada no Congresso Nacional

Barbosa disse hoje a investidores estrangeiros que o governo continua comprometido com o ajuste fiscal e que fará o que for necessário para cumprir a meta de superávit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2016. O superávit primário é a poupança que o governo faz para o pagamento dos juros da dívida. O objetivo é tranquilizar o mercado financeiro e mostrar o empenho do governo nos ajustes da economia.


[SAIBAMAIS] Durante a solenidade, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o equilíbrio fiscal e o crescimento podem andar juntos. Dilma disse que não haverá mudança na política econômica no curto prazo e destacou ser necessário equilibrar as finanças, reduzir a inflação, eliminar as incertezas e retomar o crescimento da economia brasileira.

"Experiência e competência são atributos que ambos têm de sobra", disse Dilma, ao citar que os dois novos ministros da área econômica conhecem o serviço público e os programas prioritários do governo. Em sua introdução, Dilma agradeceu ao ministro Joaquim Levy, a quem chamou de "meu caro". Ela disse que o ex-ministro da Fazenda foi uma presença "imprescindível" para fazer o ajuste fiscal, mesmo em ambiente de crise política. Ela frisou a grande capacidade de agir e inteligência do ex-ministro, mesmo sob intensa pressão. "Levy superou desafios e muito contribuiu para a estabilidade e que jamais deixarei de reconhecer", disse a presidente, sob aplausos.


Na sexta-feira (18/12), Valdir Simão disse que vai continuar o trabalho de melhoria da gestão e excelência no uso dos recursos da União, mas que a busca na qualidade dos gastos públicos não será suficiente para o alcance do reequilíbrio fiscal. Segundo ele, a reforma fiscal é necessária para que os resultados buscados pelo governo possam ser alcançados.



A troca no comando da equipe econômica ocorreu após uma semana conturbada no Congresso Nacional. Na quinta-feira (17/12), o Congresso Nacional aprovou a LDO e trouxe como novidade, em relação ao texto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) em novembro, a redução da meta do superávit primário do governo federal de 0,7% para 0,5% do PIB, sem deduções (R$ 24 bilhões).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação