Agência Estado
postado em 21/12/2015 21:41
O ex-deputado federal Luiz Argôlo, preso no âmbito da Operação Lava-Jato, protocolou nesta segunda-feira, 21, no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de liberdade com efeito liminar (imediato). O pedido contesta a decisão do Superior Tribunal de Justiça que manteve, no último dia 3, a prisão preventiva contra o parlamentar decretada pelo juiz Sérgio Moro.Argôlo alega constrangimento ilegal e excesso de prazo da prisão preventiva. A defesa do ex-deputado afirma que Moro não demonstrou a presença dos requisitos para a manutenção da medida, e apresentou "motivações genéricas". O pedido foi distribuído ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo.
Argôlo foi denunciado por estar entre os agentes políticos beneficiados no esquema de corrupção da Petrobras. Ele teria recebido propinas enquanto ocupava o cargo de deputado federal, primeiro pelo PP e depois pelo Solidariedade.
Segundo o ministro Ribeiro Dantas, ex-relator da Lava-Jato no STJ que votou pela manutenção da prisão do parlamentar, Argôlo esteve envolvido em diversos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro e só deixou de cometer os ilícitos depois da prisão do doleiro Alberto Youssef, com quem tinha proximidade. O ministro também argumentou que o ex-parlamentar usou recursos ilegais para financiar campanhas eleitorais dele e de outros deputados.
Preso desde abril, na 11; fase da Lava-Jato, Argôlo foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. Os crimes atribuídos a ele são corrupção passiva e lavagem de dinheiro.