Politica

Sob pressão, Dilma abre mão do recesso e volta a Brasília segunda

A presidente pretende aprofundar a agenda econômica

postado em 25/12/2015 06:00
Imersa na pior crise econômica das últimas duas décadas e pressionada politicamente, a presidente Dilma Rousseff não terá descanso no fim do ano. Pela primeira vez desde que assumiu o Planalto, em 2011, a petista não vai tirar folga em dezembro, como fez nos últimos anos, e segunda-feira já estará de volta a Brasília para se reunir com a equipe. O objetivo é apresentar medidas econômicas no início de 2016, após a troca de ministros da Fazenda, de onde saiu Joaquim Levy para dar lugar a Nelson Barbosa, e do Planejamento, assumido por Valdir Simão. Especialistas analisam que tirar folga poderia aliviar a tensão a que a presidente acabou exposta neste ano.

Dilma pretende utilizar o fim do ano para decidir o pacote econômico que apresentará ao Congresso nos primeiros dias de 2016

Dilma viajou na quarta-feira para Porto Alegre, onde passará o Natal com a família. A filha da presidente, Paula Rousseff, está grávida do segundo filho, que deve nascer nos próximos dias. Na segunda, no entanto, Dilma tem reunião marcada com a equipe econômica e ministros do núcleo duro para definir de três a quatro eixos das medidas que pretende apresentar ao Congresso no início de 2016. Nenhuma outra viagem da presidente está prevista. Na reta final de 2015, a presidente ganhou um respiro com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular o rito do impeachment conduzido até então na Câmara dos Deputados, mas ainda não se livrou do pedido de impedimento. O primeiro trimestre do ano que vem promete ser conturbado.



Nos anos anteriores, Dilma costumava aproveitar a folga do Natal para descansar até os primeiros dias de janeiro. Desde que assumiu o governo, ela tira alguns dias de férias no fim do ano, em Aratu, na Bahia. Em 2011, a presidente viajou à Praia de Inema, na base aérea, e ficou do dia 26 até 8 de janeiro. Nos outros, repetiu o comportamento. Em 2013, em 2 de janeiro, Dilma chegou a ser alvo de protesto de quilombolas. No mesmo ano, ela teve de interromper o descanso por um dia para visitar a cidade de Governador Valadares (MG), que havia sido inundada.

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