[SAIBAMAIS]Cunha justificou a decisão alegando que o tal líder, Leonardo Picciani (PMDB/RJ), descumpriu o acordo feito no início deste ano de que apoiaria Leonardo Quintão (PMDB/MG), o nome da bancada mineira para sucedê-lo. Picciani, que trava uma disputa particular com o deputado Quintão pelo cargo, já anunciou que pretende buscar a reeleição ao posto de líder da bancada.
"Se ele tiver 2/3 da bancada poderá ser conduzido, mas a verdade é que o atual líder não conseguiu unificar a bancada por ter agido como porta-voz dos interesses do governo", afirmou o presidente da Câmara.
Cunha criticou mais uma vez a decisão de Picciani de indicar somente nomes contrários ao impeachment para a comissão especial sobre o tema, o que desencadeou uma rebelião entre os deputados peemedebistas.
"A bancada do PMDB tem uma parte tradicionalmente ligada ao governo, outra tradicionalmente ligada a oposição e uma parte neutra que migra conforme as matérias a serem votadas na casa. Um líder do PMDB não pode ser contrário ou favorável ao governo, ele tem que unificar os interesses da bancada".
Presidência do partido
Em relação a disputa pelo comando nacional do PMDB, o presidente da Câmara não vê riscos para reeleição do vice-presidente da República, Michel Temer, para o posto de presidente da legenda e faz pouco caso dos movimentos feitos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, de emplacar um substituto à Michel.
"Em 2007 ele (Renan) também apoiou o ex-ministro Nelson Jobim - que acabou retirando a candidatura - mas sequer apareceu na convenção. Alagoas só tem 8 votos, num colégio de 800 votantes", provocou Cunha.