Politica

Cunha trabalhará contra reeleição de Picciani à liderança do PMDB

De acordo com o presidente da Câmara, o atual líder do partido na casa não cumpriu o acordo de apoiar Leonardo Quintão para a sucessão do cargo

Paulo de Tarso Lyra
postado em 29/12/2015 12:27
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ao contrário da postura de neutralidade adotada no início deste ano, confirmou, nesta terça-feira (29/12), que irá votar na eleição de líder da bancada do PMDB na Câmara prevista para fevereiro do ano que vem.

[SAIBAMAIS]Cunha justificou a decisão alegando que o tal líder, Leonardo Picciani (PMDB/RJ), descumpriu o acordo feito no início deste ano de que apoiaria Leonardo Quintão (PMDB/MG), o nome da bancada mineira para sucedê-lo. Picciani, que trava uma disputa particular com o deputado Quintão pelo cargo, já anunciou que pretende buscar a reeleição ao posto de líder da bancada.

"Se ele tiver 2/3 da bancada poderá ser conduzido, mas a verdade é que o atual líder não conseguiu unificar a bancada por ter agido como porta-voz dos interesses do governo", afirmou o presidente da Câmara.

Cunha criticou mais uma vez a decisão de Picciani de indicar somente nomes contrários ao impeachment para a comissão especial sobre o tema, o que desencadeou uma rebelião entre os deputados peemedebistas.

"A bancada do PMDB tem uma parte tradicionalmente ligada ao governo, outra tradicionalmente ligada a oposição e uma parte neutra que migra conforme as matérias a serem votadas na casa. Um líder do PMDB não pode ser contrário ou favorável ao governo, ele tem que unificar os interesses da bancada".

Presidência do partido

Em relação a disputa pelo comando nacional do PMDB, o presidente da Câmara não vê riscos para reeleição do vice-presidente da República, Michel Temer, para o posto de presidente da legenda e faz pouco caso dos movimentos feitos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, de emplacar um substituto à Michel.


"Em 2007 ele (Renan) também apoiou o ex-ministro Nelson Jobim - que acabou retirando a candidatura - mas sequer apareceu na convenção. Alagoas só tem 8 votos, num colégio de 800 votantes", provocou Cunha.

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