Perondi foi um dos principais articuladores da deposição do líder da bancada peemedebista na Câmara no começo do mês passado, Leonardo Picciani (PDMB-RJ), que apoia a permanência de Dilma na Presidência. O gaúcho já se pronunciou diversas vezes como favorável à saída da presidente, afirmando que a petista cometeu "crime" e que "impeachment não é golpe". Quando Temer divulgou carta em que listava diversas críticas a Dilma, Perondi disse que a missiva era um sinal de "rompimento" e que "Michel está preparado para assumir (o cargo de presidente)".
Do outro lado do balcão estão Arruda e Parcianello. Ambos haviam sido escolhidos por Picciani para compor a comissão que iria analisar o pedido de impeachment na Câmara, antes de o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abrir a votação para uma chapa alternativa.
O primeiro é o líder da bancada paranaense no Congresso e já falou abertamente em várias ocasiões ser contra o afastamento de Dilma. Segundo Arruda, faltou a oposição "combinar com os russos" para conseguir votos suficientes entre os parlamentares para aprovar o pedido de impeachment.
Já Édio e Elcione mantêm mais discrição pública sobre seu posicionamento. A mãe do atual ministro dos Portos, Helder Barbalho, foi uma das deputadas que votaram pela retirada de Picciani da liderança do PMDB em meio à polêmica sobre a composição da comissão que analisaria o impeachment.
Esse movimento foi visto como um sinal de fortalecimento da ala oposicionista da sigla. Entretanto, Elcione também assinou o pedido que reconduziu o deputado carioca à liderança poucos dias depois.