Agência Estado
postado em 13/01/2016 16:25
Líderes governistas avaliaram nesta quarta-feira (13/1) que o conteúdo da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não reacende o clima favorável ao andamento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. "Não tem força (para estimular o impeachment) porque não tem base, não tem consistência. O objetivo dele é se livrar dos delitos que ele praticou", avaliou o vice-líder do governo na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP).Cerveró declarou à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma. Segundo ele, em setembro de 2013, Collor afirmou que suas negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, haviam sido autorizadas diretamente pela petista.
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Teixeira classificou as declarações do ex-diretor preso na Operação Lava-Jato como "diz que me disse" e lamentou que Cerveró tente "manchar a honra de pessoas honestas". "Esse Cerveró é um homem assumidamente corrupto e que tenta envolver pessoas honestas em sua busca por liberdade", concluiu.
Aliado do Palácio do Planalto, o atual líder da bancada do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), também minimizou a delação de Cerveró e disse duvidar que o depoimento à PGR reacenda o clima favorável ao afastamento da presidente. "Me parece não ter consistência nenhuma", declarou à reportagem.