Politica

Mesmo com graves acusações, integrantes do Executivo permanecem no cargo

A presidente Dilma Rousseff se notabilizou, no início do primeiro mandato, por demitir ministros por denúncias de corrupção. Agora, integrantes do primeiro escalão da Esplanada, mesmo com graves acusações, permanecem no cargo

Naira Trindade
postado em 18/01/2016 06:10
Apesar das últimas denúncias envolvendo auxiliares, Dilma os mantém próximos e com cargos importantes no Executivo

Ao assumir o comando do país, em 2011, a presidente Dilma Rousseff se transformou na gerentona do Brasil. Logo, aquela imagem de mulher forte, que viria a fazer boas mudanças, ganhou forma. Dilma seria a responsável por limpar o governo. E o fez. Em dois anos e quatro meses, bateu recorde trocando 21 ministros: oito no primeiro ano, oito, no segundo e cinco, nos primeiros meses do terceiro ano. Um terço dos integrantes do primeiro escalão da Esplanada caiu após denúncias de envolvimento em corrupção. Porém, algo mudou. Apesar das últimas denúncias envolvendo esses auxiliares, Dilma os mantém próximos e com cargos importantes no Executivo.

Diferentemente daquela mulher intolerante com ações duvidosas, a presidente passou a aceitar e a contar com o apoio próximo de aliados hoje sob suspeitas de terem praticado irregularidades. Nas últimas semanas, dois dos três ministros mais próximos da presidente no Palácio do Planalto viraram alvos de denúncias. Braço direito de Dilma, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, é acusado de negociar apoio financeiro com o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro ; condenado no esquema de corrupção da Petrobras; quando era governador da Bahia para garantir recursos para a campanha do PT à prefeitura de Salvador.

Noutra frente, apareceram denúncias de que o ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva ; que era coordenador financeiro da campanha da presidente;, também mantinha relação política com Pinheiro. Eles teriam trocado mensagens entre 2012 e 2014 para combinar doações para a campanha da presidente à reeleição. Em defesa, Edinho repete que as relações com empreiteiros se deram ;de forma transparente e dentro da legalidade; e ainda que foram ;doações legais;. Jaques também rebate alegando ter ;absoluta serenidade quanto às ações e permanece à inteira disposição do MPF (Ministério Público Federal) e da Justiça para quaisquer esclarecimentos;, defendeu-se em publicação nas redes sociais.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação