Na tentativa de fortalecer a recondução à presidência nacional do PMDB e unir o partido no lançamento de uma candidatura própria à sucessão de Dilma Rousseff em 2018, o vice-presidente da República, Michel Temer, cobrou unidade das lideranças nacionais para aumentar o número de prefeitos e vereadores em todo o país nas eleições municipais deste ano.
Em um claro distanciamento de Dilma ; escancarado diante do enfraquecimento da presidente que enfrenta um processo de impeachment na Câmara dos Deputados ;, Temer afirmou que o sucesso do PMDB em 2018 depende do bom resultado da legenda nas urnas em outubro deste ano. Internamente, ele é cotado como o nome capaz de concorrer ao pleito presidencial.
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[SAIBAMAIS];As eleições de 2018 passam pela disputa de 2016;, disse, em sua primeira viagem de campanha à liderança do partido, cargo que ocupa desde 2001. Em meio à grave crise política enfrentada pelo Planalto, o vice-presidente evitou falar sobre seus atritos com Dilma. ;O momento é de buscar a unidade em todo o país. Estamos propondo uma pacificação nacional. Acredito que a presidente Dilma deve buscar o mesmo com a reunião do conselho que está sendo realizada hoje;, afirmou.
Para os militantes, Temer usou a emblemática expressão ;quem manda no PMDB é o PMDB;, para explicar a continuidade da aliança com o governo do PT. ;O PMDB sempre foi um partido construído pela base, e estamos provando isso neste momento;, declarou.
Lava-Jato
Enquanto expoentes do governo e do próprio partido despontam em escândalos de corrupção investigados pela Polícia Federal, Michel Temer defendeu as investigações da Operação Lava-Jato. O vice ponderou, no entanto, que a força-tarefa não pode paralisar o Brasil.