Politica

"Os holofotes não serão desligados", diz Janot

Procurador-geral da República exibiu balanço da Operação Lava-Jato e participou de sessão constrangida ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Eduardo Militão
postado em 01/02/2016 19:45
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, fez um balanço da Operação Lava-Jato em discurso no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (1;/2). Segundo ele, o Brasil passa por uma ;nova fase;. ;Os poderes político, econômico e os setores da sociedade civil hão de entender que o país entrou em nova fase na qual os holofotes não serão desligados e estarão constantemente direcionados à observância estrita do ordenamento jurídico;, afirmou Janot. ;O que é público é de todos; não é e não pode ser de alguém.;

O procurador participou de uma sessão constrangedora ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado por ele por corrupção e lavagem de dinheiro e com pedido de afastamento pedido pelo Ministério Público. Janot não o cumprimentou na abertura da solenidade, o que repercutiu entre os participantes da sessão de abertura do Judiciário.

Janot disse que o fato de o Supremo garantir à Procuradoria, e não só à polícia, a condução de investigações criminais ajudou na ;solidificação do combate à corrupção; para fortalecer a democracia. Ele fez balanço da Operação Lava-Jato, reproduzindo números publicados no site da investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. E disse que o país está em uma ;nova fase;, em que os ;holofotes; não serão ;desligados;.

O procurador disse que a instituição age de maneira técnica, impessoal e apartidária. Eduardo Cunha afirma que Janot atua em favor de Dilma e do PT. ;Não compactuamos com o ilícito, o autoritarismo ou o interesse velado. Buscamos de forma, simples e só, de forma clara e objetiva, a verdade dos fatos, e não de factóides, e o seu enquadramento jurídico, sem evasivas e cortinas de fumaça.;

Janot afirmou que a instituição é parceira para que 2016 tenha resultados que ;alimentem a esperança dos que têm sede e fome de justiça e de paz;.

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