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Dólar à vista fecha em baixa e tem novo piso no ano, a R$ 3,9005

Embora não tenham efeito direto sobre as cotações, os investidores citam como fatores de cautela o possível rebaixamento do rating brasileiro pela Moody's

Agência Estado
postado em 04/02/2016 18:04
O dólar recuou pelo segundo dia consecutivo e atingiu novo piso no ano nesta quinta-feira (4/2) ao fechar cotado a R$ 3,9005, em baixa de 0,39%. Apesar da volatilidade dos preços do petróleo durante todo o dia, o cenário internacional favoreceu a queda da divisa norte-americana, que esteve em baixa também ante outras moedas pelo mundo.

Na mínima do dia, ainda na primeira hora de negociação, o dólar chegou a R$ 3,8465 (-1,77%), com os mercados monitorando indicadores internacionais e análises sobre política monetária nos EUA e na Europa. Segundo profissionais do mercado, boa parte da queda foi gerada pela redução de posições compradas das tesourarias bancárias.

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Entre os destaques internacionais, a União Europeia reduziu projeções de crescimento e inflação na zona do euro e destacou a desaceleração nos mercados emergentes, entre eles a China, e questões geopolíticas, como a falta de um acordo sobre a crise dos refugiados, que pode prejudicar mais a economia da região. Nos EUA, a produtividade da mão-de-obra caiu 3% no quarto trimestre de 2015 ante o trimestre anterior, contra previsão de recuo de 2%. Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 285 mil na última semana, mais que os 278 mil esperados, e as encomendas à indústria cederam 2,9% em dezembro ante novembro, ante previsão de -2,8%.

A queda do dólar acabou perdendo força no início da tarde, quando algumas posições compradas foram recompostas, com tesourarias aproveitando os valores atrativos. Na máxima do dia, o dólar negociado no mercado à vista atingiu R$ 3,9045 (-0,29%). A cautela com o cenário interno, mais uma vez, foi a justificativa para uma postura mais defensiva do investidor. Embora não tenham efeito direto sobre as cotações, os investidores citam como fatores de cautela o possível rebaixamento do rating brasileiro pela Moody;s e a derrota sofrida ontem à noite pelo governo na Câmara dos Deputados na votação da Medida Provisória 692/2015, que eleva a tributação sobre ganhos de capital para pessoas físicas e jurídicas.

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