Líderes da oposição na Câmara afinaram o discurso e anunciaram, após reunião na manhã desta terça-feira (16/2) que seguirão a estratégia do PSDB e apoiarão reformas estruturantes na economia, como a da Previdência Social, que serão enviadas pelo governo. Assim como o PSDB, o DEM e o PPS ponderam que a adesão está condicionada ao apoio às propostas de partidos da base aliada, principalmente do PT, e não se estende a medidas de aumento de impostos.
Líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) afirmou que a oposição vai apoiar qualquer proposta do governo que não seja uma "peça publicitária". Segundo ele, os opositores vão avaliar as reformas estruturantes que o governo quer mandar ao Congresso, desde que contem com apoio da base aliada. "Sem aumento de impostos e sem CPMF", ponderou. Apesar da disposição em apoiar, o democrata disse acreditar que o governo não tem condições políticas de enviar reformas.
Leia mais notícias em Política
Como mostrou o Broadcast Político na última quinta-feira (11/2) com discurso de que a crise econômica é grave e, por isso, não pode se transformar em palco para luta política, a bancada do PSDB decidiu afastar a linha do "quanto pior, melhor" e apoiar o governo em algumas das chamadas reformas estruturantes na economia. Inicialmente, a divulgação da estratégia dos tucanos pela imprensa não foi bem recebida pelos outros partidos da oposição, que criticaram a ideia.
Deputados do PSDB reconheceram, reservadamente, que o partido pode ter se precipitado ao não comunicar previamente às outras legendas da oposição sua nova estratégia na Câmara. "Talvez tenha sido precipitada a divulgação. Como é uma coisa confusa, talvez devesse ter sido precedida de uma conversa preliminar", disse um tucano. Após a reunião desta terça-feira, contudo, eles dizem que apararam as arestas e afinaram o discurso.