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Deputado Nilton Capixaba desiste de vaga no Conselho de Ética

Deputado do PTB havia assumido a vaga a pedido do líder do partido para ajudar Eduardo Cunha

postado em 16/02/2016 14:14

O deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) renunciou à vaga no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados na manhã desta terça-feira. Ele havia entrado no lugar do deputado Arnaldo de Sá Faria de Sá (PTB-SP), a pedido do líder da legenda, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aliado do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que enfrenta processo de quebra de decoro no colegiado.

A troca foi vista como uma uma manobra para favorecer o peemedebista. Capixaba conversou hoje pela manhã com Jovair para justificar a desistência. O motivo oficial é que não teria tempo de se dedicar à função por ser presidente regional do PTB em Rondônia e ter uma agenda chega de visitar a municípios devido à proximidade das eleições para prefeitos. Ele entrou no Conselho em 4 de fevereiro.

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Com sua saída, a vaga fica aberta até que haja uma nova indicação. Caso não haja uma substituição até a próxima votação, vota o suplente do bloco no colegiado que registrar presença primeiro. Arnaldo de Sá Faria de Sá votou a favor da admissibilidade no processo contra Cunha, já a expectativa era que Capixaba favorecesse o peemedebista. A troca pode ser determinante uma vez que o colegiado está dividido no caso.

O colegiado se reúne às 14h para discutir o processo que retrocedeu com a anulação do parecer preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), pela continuidade do processo. A cúpula do conselho espera definir também hoje se irá entrar com com uma mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal a fim de evitar manobras protelatórias de aliados de Cunha.

Capixaba foi alvo de processo no Conselho de Ética que levou a aprovação de um relatório pela cassação do seu mandato em 2006 devido a acusação de envolvimento com a chamada ;máfia dos sanguessugas;. O caso tratava de compra de ambulâncias superfaturadas com emendas parlamentares.

Ao sair do gabinete na Presidência no final da manhã, Cunha negou qualquer interferência para retardar o processo contra ele no Conselho.

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