Agência Estado
postado em 16/02/2016 19:24
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira (16/2) que deverá pedir a suspensão do procurador-geral do Banco Central, Isaac Sidney Menezes Ferreira, pelas declarações da autoridade atacando o peemedebista.Na avaliação de Cunha, a fala de Ferreira demonstra que comandantes de órgãos de governo viraram agentes políticos para atacá-lo. Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta terça-feira, Isaac afirmou que o presidente da Câmara atuou com "abuso de autoridade"e "desvio de finalidade" na condução do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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"O País sofreu uma espécie de sequestro. Está num cativeiro político e isso é inconcebível", afirmou o procurador-geral do BC na entrevista. Cunha retrucou dizendo que comandantes de "órgãos de governo, que deveriam ser órgãos de Estado (...) viraram agentes políticos para me atacar". "Provavelmente é uma das motivações para pedir a suspensão dele. Provavelmente meus advogados vão fazer isso", emendou.
Conselho de Ética
Cunha também voltou a criticar a condução do presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). Para o peemedebista, Araújo tem feito propositalmente uma série de erros na condução do processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado, com o objetivo de desgastá-lo e permanecer mais tempo na mídia.
Hoje, os advogados de Cunha impetraram mandado de segurança pedindo que o Supremo Tribunal Federal reconheça o cerceamento de defesa dele no Conselho de Ética. A defesa sugere também que o STF suspenda o processo até que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara julgue recurso de Cunha contra o trâmite processual. "Meus advogados entrarão ainda com muita coisa no STF", finalizou o presidente da Câmara.