Naira Trindade
postado em 01/03/2016 07:17
A oposição atacou a mudança do triângulo jurídico da presidente Dilma Rousseff ao alterar o ministro da Justiça, o advogado-geral da União e o controlador-geral da União para atender a pressão do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes oposicionistas acreditam que a mudança vai tentar preservar possíveis investigações e até prisões de figuras importantes que estão sob os olhares da Operação Lava-Jato e sob a atenção da Polícia Federal. Um dos temores da oposição é de que o novo titular da pasta atue a serviço do PT.Nas redes sociais, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), expressou desconfiança com a saída de Cardozo, especialmente em um momento em que o PT aumenta as cobranças ao governo e às críticas à Operação Lava-Jato. ;O país não aceitará qualquer tentativa de interferência na autonomia da Polícia Federal ou de cerceamento das nossas instituições;, escreveu. O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), alertou para possíveis cortes no orçamento da Polícia Federal. ;Vamos denunciar se houver qualquer tipo de cerceamento de investigação pela via do sufocamento orçamentário se se tentar fazer as operações da Polícia Federal minguarem por falta de verba;, completou o deputado.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou não acreditar que a troca no Ministério da Justiça altere a condução das investigações na Polícia Federal. ;Não acho que seja esse o objetivo. Cada um tem seu caminho. Não acho que vai ser ministro A, B, ou C que vai mudar o curso de um caminho de algo que está no estágio que está;, alegou. Ele não quis comentar a atuação de Cardozo, mas manteve críticas anteriores ao petista. ;Não retiro nenhuma palavra do que falei até agora;, completou.
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