Agência Estado
postado em 01/03/2016 17:49
O Tribunal Regional Federal da 2; Região (TRF2) acatou nesta terça-feira (1;/3) o pedido do Ministério Público Federal (MPF) pela manutenção da prisão preventiva do ex-diretor internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. No processo, ele é acusado de integrar um esquema de corrupção envolvendo pagamentos de propina do grupo holandês SBM Offshore a executivos da estatal.Preso desde julho do ano passado pela Justiça Federal em Curitiba, no Paraná, onde também teve a prisão decretada, Zelada é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa. Mas o ex-diretor da Petrobras também tem ordem de prisão preventiva emitida pela 3; Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde tramita o caso da SBM. Dois dos três desembargadores votaram contra o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do executivo.
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Segundo a procuradora regional da República Silvana Batini, que representou o MPF no julgamento, o risco de fuga do réu cresce à medida que a chance de punição aumenta.
Os argumentos da Procuradoria Regional da República da 2; Região (PRR2) foram aceitos pelo desembargador federal André Fontes, relator do habeas corpus, que citou os casos de fuga de Salvatore Cacciola e Henrique Pizzolato, além do plano de fuga que o senador Delcídio do Amaral teria oferecido a Nestor Cerveró (antecessor de Zelada na diretoria internacional da Petrobras).
Já o desembargador Messod Azulay avaliou que "o envolvimento de Zelada em um esquema de ;consequências nefastas;, como a grave crise na rede de saúde do Estado do Rio, demonstra que ele oferece alta periculosidade, justificando sua prisão", informou a Procuradoria, em nota.