Politica

Decisão sobre quem vai interrogar Lula está nas mãos da ministra Rosa Weber

Tribunal analisa pedido do ex-presidente para unificar investigações sobre sítio em Atibaia (SP) e tríplex no Guarujá

postado em 02/03/2016 07:58
O futuro sobre quem vai investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava-Jato está nas mãos da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber. Ontem, em nova petição, a defesa do petista solicitou à ministra que suspenda os procedimentos investigatórios a cerca do tríplex, no Guarujá, e do sítio em Atibaia, ambos em São Paulo, até que a Corte determine que vai cuidar do caso. Atualmente, o Ministério Público Estadual de São Paulo e o Ministério Público Federal tem procedimentos instaurados para apurar as denúncias de favorecimento ao ex-presidente.

[SAIBAMAIS]A força-tarefa da Lava-Jato no Ministério Público Federal (MPF) no Paraná diz que possui uma investigação para apurar se Lula recebeu propina de empreiteiras investigadas na operação inclusive ;durante o mandato; dele, entre 2003 e 2010. A suspeita é de que parte desses subornos foi materializada justamente com imóveis em Atibaia (SP) e Guarujá (SP). Ontem, em entrevista ao Correio, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, explicou o procedimento encaminhado ao STF. ;Nós só rebatemos as informações que apontavam que os membros do Ministério Público Federal (MPF) poderiam continuar as investigações. Há duas investigações sobre o mesmo fato. Defendemos que a investigação é sobre duas propriedades privadas em São Paulo e, por isso, quem deve investigar é o Ministério Público de São Paulo;, declarou.



Ele reforçou que o ex-presidente não vai depor amanhã. ;O ex-presidente já encaminhou todas as explicações por escrito. A lei faculta isso;, disse. Os advogados informaram ao STF que ;é descabido e censurável a afirmação de que haveria suspeita de que o ex-presidente Lula teria recebido vantagens ilícitas durante o ;mandato presidencial;, pois não há qualquer elemento concreto que possa dar suporte a essa afirmação, senão um exacerbado entusiasmo associado a um pensamento desejoso;, alega.

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