postado em 04/03/2016 08:20
O Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou nessa quinta-feira (3/3) fotos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva supostamente em visita ao tríplex do Guarujá antes do apartamento ser reformado. Na imagem, ele aparece conversando com o dono da empreiteira OAS, Léo Pinheiro. Em outra foto, além de Pinheiro, logo atrás de Lula, também aparece o diretor de incorporação da OAS, Roberto Moreira. Quando a imagem é aproximada é possível ver o número do apartamento vizinho, o 163.
[SAIBAMAIS]O Instituto Lula, por meio de nota divulgada em janeiro, admitiu que o ex-presidente esteve no tríplex antes da reforma, em companhia da esposa, Marisa Letícia, e de Léo Pinheiro. Um funcionário da OAS, em depoimento ao Ministério Público, afirma que se tratou de uma visita para entrega de chaves do apartamento.
O apartamento onde o ex-presidente Lula aparece seria o 164-A, do Condomínio Solaris, em Guarujá, que está sendo investigado pela Operação Lava-Jato e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo. A foto, tirada do hall de acesso aos apartamentos, registra uma vistoria padrão de entrega de chaves, segundo depoimento aos promotores paulistas dado por Wellington Carneiro da Silva, que na época era o assistente de engenharia da OAS, incumbido de fiscalizar as obras do Edifício Solaris.
Silêncio
Léo Pinheiro ficou em silêncio ontem diante dos promotores de Justiça que investigam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o tríplex do Condomínio Solaris. Pelo menos 70 perguntas foram feitas ao empresário, mas ele se calou. Os promotores investigam se o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do imóvel no litoral. A defesa do petista nega. Em São Paulo, promotores criminais do Ministério Público do Estado investigam o tríplex do Guarujá. Eles pretendiam tomar o depoimento de Lula ontem, mas o ex-presidente não atendeu a intimação e mandou explicações por escrito.
Léo Pinheiro já é réu da Lava-Jato. Em uma ação penal, ele pegou 16 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, admite fazer delação premiada, ante a iminência de ir para a prisão se o Tribunal Regional Federal da 4.; Região (TRF4) confirmar a sentença imposta pelo juiz Sérgio Moro.