Politica

"É uma operação política", diz líder da bancada do PT na Câmara

Afonso Florence (PT-BA) disse que Lula já deu diversos esclarecimentos contestando as denúncias relacionadas aos imóveis investigados pela Lava-Jato

Jacqueline Saraiva
postado em 04/03/2016 10:35

O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, deputado Afonso Florence (PT-BA), classificou as ações da Polícia Federal, na Operação Aletheia, como uma ;operação política;. Nesta manhã de sexta-feira (4/3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi levado por agentes, após a Justiça expedir um mandado de condução coercitiva contra ele, ordem que pede a pessoa seja levada à força para prestar depoimento e depois é liberada.

[SAIBAMAIS]Segundo o parlamentar, Lula já deu depoimentos inúmeras vezes, em que comprova que ele não tem relação com os imóveis investigados pela Operação Lava-Jato. ;Hoje foi mais uma etapa da Lava-Jato que confirma que é uma operação ilegal e política, atacando o ex-presidente Lula, o PT e principalmente as conquistas populares do último período. (...)Não existe pista, menos ainda prova;, lamentou.



Afonso Florence diz achar estranho que, no ambiente da disputa política nacional, a operação ocorra logo após a divulgação de uma denúncia, por meio da imprensa escrita, de uma suposta delação que não está homologada. ;Mais uma vez evidencia a concatenação entre a natureza política e ação ilegal da Lava-Jato;.

"Por que tanto ódio?"
Líder do PCdoB, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) também saiu em defesa do ex-presidente e criticou a dimensão da operação. ;Duzentos agentes para conduzir o ex-presidente Lula para Curitiba. Por que tanto ódio contra ele? Por que criou univeridades? Por que tirou milhões de pessoas da miséria? (...) O certo é que a elite nunca se conformou quando mais pobres passaram a ser vistos pelos governantes. Lula, estamos com você;, escreveu nas redes sociais.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) também declarou, no Facebook, apoio ao ex-presidente. "Estamos assistindo o aparelhamento político de diversas instituições. Querem acabar com Lula, sua família e sua história. É março, mas o roteiro do golpe mudou. Métodos atuais usam de espetáculos policial-midiáticos. Mas a luta de classes, essa é a mesma", afirmou na rede social.

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