Politica

Oposição pressiona para apressar impeachment após nova fase da Lava-Jato

Líderes querem audiência com presidente do Supremo Tribunal Federal para acelerar processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff

postado em 04/03/2016 13:09

Diante do avanço das investigações da operação Lava-Jato, a posição pressiona para acelerar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Líderes oposicionistas vão pedir uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para pedir a publicação do acórdão do julgamento do rito do impeachment, definido em dezembro. A avaliação é que é melhor não esperar o julgamento dos embargos de declaração apresentados pela Câmara dos Deputados.

[SAIBAMAIS]

"Vamos solicitar audiência segunda com (o presidente do STF Ricardo) Lewandowski para ele publicar o acordão para que a comissão processante seja instalada e possamos iniciar o processo de impeachment. O Brasil não aguenta mais viver esse sobressalto, crise após crise", afirmou o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM) após reunião da oposição no Congresso. Parlamentares mobilizam líderes da Câmara e do Senado para retornarem à Brasília nesta sexta-feira a fim de articular ações após a nova fase da Lava-Jato, com alvo no ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Para o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a operação reforça o fim do governo petista. Ele defendeu a retomada do processo de impeachment na Câmara. O presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aguarda julgamento dos embargos de declaração no STF para instalar a comissão sobre o tema. ;Essa discussão de fazer chapa avulsa passa a ser o menos importante num momento em que nitidamente começa a haver uma convergência para um governo de transição;, disse. De acordo com ele, cresce também dentro dos partidos da base uma concordância com a saída da petista.

O tucano rebateu ainda as críticas do PT de que a ação da PF era política. ;Esse governo e o PT foi quem mais fizeram discurso público que foram os responsáveis pela autonomia da Polícia Federal e do Ministério Público, então na hora que as instituições são testadas em momentos como esse, teoria de conspiração e de qué uma ação política contra o PT quando o governo é do próprio PT, além de risível é algo absolutamente irresponsável;, afirmou.

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