postado em 04/03/2016 18:07
Em pronunciamento nesta sexta-feira (4/3), a presidente Dilma Rousseff voltou a mostrar "inconformismo; sobre o mandado de condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal. A petista também demonstrou indignação sobre a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e negou ter participado de reunião secreta com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, com o Ministro da Justiça Eduardo Cardozo.;Quero manifestar meu mais absoluto inconformismo com o fato de o ex-presidente Lula, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante as autoridades, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um depoimento;, afirmou Dilma Rousseff.
A presidente disse que está inconformada com o vazamento dos termos de uma "hipotética delação premiada" do senador Delcídio de Amaral. A petista acrescentou que o político, na delação, disse que ela teria feito uma investida para mudar os rumos da Operação Lava Jato.
"Do ponto de vista institucional, não teria nenhuma razão de pedir a um senador para conversar com um juiz, até porque não é o senador que participa dos processos de nomeação de ministros, nem do STJ, nem do STF", justificou, sobre a delação de Delcídio do Amaral.
Dilma disse que a afirmação atribuída ao senador, de que a antecipação do fim da CPI dos Bingos teria ocorrido para beneficiar a própria campanha presidencial, carece de credibilidade, e que é absurda a associação da comissão com o pleito de 2010.