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"Nem dízimo de igreja é espontâneo", disse Lula em depoimento à PF

Em um trecho do documento transcrito, o ex-presidente chama a investigação do tríplex de "sacanagem homérica"

Paulo Silva Pinto
postado em 14/03/2016 12:36
A Justiça Federal disponibilizou pela internet, nesta segunda-feira (14/3), o depoimento prestado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Polícia Federal, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 4 de março.

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Lula negou que tenha pedido doações a empresas para o instituto que leva seu nome, e do qual é presidente de honra, mas afirmou que pessoas podem ter feito o pedido em nome da instituição. Ele disse não ver problema em que as empresas sejam procuradas para financiar projetos, pois, de outro modo, argumentou, não haveria doações. "Nem dízimo de igreja é espontâneo".

Em diversos trechos do depoimento, ele demonstra irritação com o delegado da PF Luciano Flores de Lima, por exemplo, ao ser indagado sobre as despesas do instituto. "Aí eu não sei, querido."

Em um trecho do documento transcrito, o ex-presidente chama a investigação do tríplex de "sacanagem homérica". "Eu acho que eu estou participando do caso mais complicado da história jurídica do Brasil, porque eu tenho um apartamentpo que não é meu, eu não paguei, estou querendo receber o dinheiro que eu paguei, um procurador disse que é meu, a revista Veja diz que é meu, a Folha diz que é meu, a Polícia Federal inventa a história do tríplex que foi uma sacanagem homérica", afirmou.

A justificativa do ex-presidente é que não tem funções executivas na instituição que leva seu nome. "Eu não autorizo porque eu não, no instituto hoje eu sou só presidente de honra e você sabe que se um dia você for presidente de honra da Polícia Federal aqui você não representa mais nada".

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