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Oposição vai procurar líderes da base em busca de apoio ao impeachment

A declaração foi do deputado Antônio Imbassahy. Ele afirmou também que as conversas de líderes da oposição com a base não significa que essas legendas aliadas vão necessariamente votar a favor do impeachment

Agência Estado
postado em 14/03/2016 18:32

O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), afirmou nesta segunda-feira (14/3) que a oposição vai procurar partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff em busca de apoio ao impeachment da petista. Para o tucano, as manifestações deste domingo, 13, deverão ajudar neste processo de convencimento de deputados que estavam em dúvida sobre como votar.

Imbassahy afirmou que as conversas de líderes da oposição com a base não significa que essas legendas aliadas vão necessariamente votar a favor do impeachment. Segundo ele, nos encontros, a oposição tentará obter um panorama de quantos deputados daqueles partidos poderão contar para aprovar o impedimento de Dilma.

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"Até porque sabemos que já há em muitos desses partidos deputados que são a favor do impeachment", lembrou. Até novembro do ano passado, a oposição contabilizava 321 votos a favor do impeachment na Câmara, número menor do que os 342 deputados necessários para aprovar o impedimento de Dilma no plenário.

Após as manifestações de domingo, opositores acreditam que esse número aumentou e deverá contar com parlamentares de partidos da base, como PR, PSD e PP, que possuem representantes em ministérios. O líder rechaçou que seu partido esteja fazendo "aliança" com o PMDB, como se começou a especular nos bastidores, após o empresário e senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) promover um jantar para a cúpula do PMDB na semana passada.

De acordo com Imbassahy, o PSDB está se unindo em prol do afastamento da presidente Dilma e, nesse processo, "é natural" que converse com outros partidos em busca de entendimentos. Imbassahy afirmou ainda que não há no PSDB uma definição concreta de apoiar um eventual governo Temer. De acordo com ele, o partido já decidiu que irá auxiliar a retomada da economia, caso o PMDB assuma. "A participação ou não é uma discussão que fica para depois", disse.

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