Ao ter a delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Deldício do Amaral (MS) pediu sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores, conforme havia adiantado que faria.
Numa carta direcionada ao presidente do PT no Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Biffi, simplesmente informa seu desligamento. ;Sirvo-me do presente para informar minha decisão de desfiliação do Partido dos Trabalhadores;.
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O senador agradeceu ;as providências necessárias;. A assessoria dele informou que, sem partido, Delcídio agora deverá se debruçar em cima da defesa dele no Conselho de Ética do Senado.
Ex-líder do governo Dilma Rousseff no Senado, Delcídio disse em delação premiada que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentou convencê-lo a não fazer colaboração com os investigadores da Polícia Federal.
O ex-petista apresentou gravações feitas por assessores em que o ministro teria feito promessas de pagar advogados para a família. Segundo Delcídio, Mercadante "agiu como emissário" da presidente Dilma.
A gravação foi feita pelo assessor de imprensa do senador, Eduardo Mazargão. Segundo a delação de Delcídio, Mercadante tentou entrar em contato com sua mulher. "A mensagem de Aloízio Mercadante, a bem da verdade, era no sentido do depoente não procurar o Ministerio Público Federal para, assim, ser viabilizado o aprofundamento das investigações da Lava-Jato", disse o senador em depoimento prestado em 12 de fevereiro de 2016. A colaboração premiada de Delcídio foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.