O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou hoje (15/3) nota pública negando contato com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para tratar da prisão do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
Reportagem publicada hoje pela revista Veja apresenta uma gravação na qual Mercadante procurou o assessor de Delcídio, Eduardo Marzagão, para pedir que o senador não firmasse acordo de delação premiada.
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Em troca, o ministro disse que procuraria o presidente do Senado e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para tentar reverter a prisão de Delcídio e um eventual processo de cassação do mandato dele no Conselho de Ética do Senado.
;O presidente do Senado, senador Renan Calheiros, não foi e nem poderia ser procurado pelo ministro da Educação para tratar de nenhum dos assuntos relacionados na referida reportagem. Como se sabe, a alegada moção não existiu;, afirmou a nota divulgada pela assessoria de Calheiros em referência a uma moção proposta por Mercadante para que os senadores pedissem ao ministro Teori Zavaski que revisse a decisão de manter Delcídio preso.
De acordo com a assessoria, a gravação feita por Marzagão também foi desqualificada por Renan Calheiros. ;O senador afirma ainda que são totalmente improcedentes as citações feitas pelo senhor José Eduardo Mazagão. As referências não condizem com o perfil do senador;, acrescentou a nota.
A delação premiada de Delcídio do Amaral foi homologada nesta terça-feira pelo minsitro Teori Zavaski. Nela, o senador faz menção a Renan Calheiros, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à presidenta Dilma Rousseff, ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), entre outros políticos.