Eduardo Militão
postado em 16/03/2016 20:14
Grampos telefônicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus interlocutores mostram uma tentantiva de ;tentar influenciar ou obter auxílio de obter auxílio de autoridades do Ministério Público ou da Magistratura em favor; do petista. A avaliação é de um despacho do juiz da Lava-Jato no Paraná, Sérgio Moro, em que ele retira o sigilo dos autos e determina sua remessa ao Supremo Tribunal Federal (STF). A mudança de corte de julgamento se deve ao fato de que o ex-presidente Lula se tornou minstro-chefe da Casa Civil e, por isso, tem direito a foro privilegiado em Brasília.[SAIBAMAIS]Os grampos relatam uma tentativa de assédio à ministra do STF Rosa Weber. De acordo com Moro, ;provalvemente para obtenção de decisão favorável ao ex-presidente; na ação em que o petista tenta suspender as investigações sobre ele na Lava-Jato, no Paraná, e no Ministério Público de São Paulo. ;Mas a eminente magistrada, além de conhecida por sua extrema honradez e retidão, denegou os pleitos da defesa do ex-presidente;, relatou Moro, que foi juiz auxiliar da ministra no STF.
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O juiz relata haver um diálogo que sugere ;tentativa de se obter alguma intervenção; do presidente Ricardo Lewandowski ;contra imaginária prisão do ex-presidente, mas sequer o interlocutor logrou obter do referido magistrado qualquer acesso nesse sentido;. Também há referências ao novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, tratado por um interlocutor com a frase ;Parece nosso amigo;.
De acordo com o juiz, ainda assim, ;as aparentes declarações pelos interlocutores em obter auxílio ou influenciar membro do Ministério Público ou da Magistratura não significa que esses últimos tenham qualquer participação nos ilícitos;. ;Isso, contudo, não torna menos reprovável a intenção ou as tentativas de solicitação.;